quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MICHAEL MAIS VIVO DO QUE NUNCA


Pelo visto a carreira do astro Michael Jackson continua de vento em popa. Como sempre ocorre com ídolos imortalizados por seus fãs. O que contribui para fortalecer a ideia do mito. Nesta semana foi divulgada uma faixa do novo álbum de Michael no site do cantor, e logo após o lançamento a canção "Breaking News" foi tocada em mais de 150 estações de rádio.

Quem não aguentar esperar até o lançamento oficial do cd previsto para o mês que vem já pode encomendá-lo diretamente no site de Jackson.

De acordo com informações divulgadas, a canção foi tocada 246 vezes em seu primeiro dia de disponibilidade e estima-se que tenha sido escutada por 2,2 milhões de pessoas. Alguns críticos são enfáticos em afirmar que a canção não é lá essas coisas. Mas vai explicar isso para quem é fã do cantor pra ver o que acontece.

Com certeza os produtores e os responsáveis em fazer a manutenção da carreira do astro do pop acharam a galinha dos ovos de ouro, e não vão querer largar o osso tão cedo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

UM POUCO DE POLÍTICA FAZ BEM

É certo que não temos do que nos orgulhar com a política do nosso país, no entanto, também não tem como sermos alienados a ponto de não sabermos pelo menos quem são os principais candidatos mais pontuados nas pesquisas e um certo nível de conhecimento, ainda que seja mínimo, de suas propostas.
O que permanece no imaginário popular ainda é o que a velha e "boa mídia" tende a disseminar. Ou seja, não tem nada de bom na política são todos corruptos. E é justamente devido a essa enxurrada de denúncias em casos de corrupção que tem feito a população não dar a mínima para as "propostas" dos candidatos e nem confiar nas suas promessas de campanha. As poucas vezes em que se consegue colocar um desses bandidos de colarinho branco na cadeia, não chegam a ser condenados respondendo em liberdade pelo crime cometido, o que aumenta ainda mais a sensação de impunidade no país.
Porém, é certo que temos que ter uma opinião formada ainda que seja mínima sobre assuntos que permeiam a agenda política do nosso país. Estou dizendo isso porque não tem como sermos indiferentes quanto a essas questões. Participei de um processo de seleção para vagas de trabalho, e para o terror de muita gente que detesta política esse foi o tema central da redação. Resultado? De uma sala com centenas de candidatos sobraram apenas alguns. Felizmente eu também escapei.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O CORPO FALA

É engraçado perceber que em pleno século XXI, em meio há tanta informação, as pessoas ainda cometam gafes por pura ignorância. Digo ignorância não no sentido pejorativo da palavra mas como descaso ou até muitas vezes preguiça em prestar mais atenção em detalhes que são fundamentais no convívio social.

Os tempos mudaram, porém, a forma de pensar e agir de determinados indivíduos continuam os mesmos. Mesmo com toda a facilidade que os meios de comunicação proporcionam, seja por meio da TV ou pela Internet, ainda há uma displicência enorme quanto aos modos e hábitos de determinados segmentos da sociedade no que tange a regras sociais.

É inadmissível que alguém vá participar de uma seleção ou dinâmica para disputar uma vaga de emprego com uma aparência mal-cuidada. Homens de bermuda e boné, mulheres de rasteirinha, falando alto, celular tocando alto como numa boate; enfim, preparados para qualquer outro evento e não para uma entrevista de trabalho.

Pois bem, isso ainda existe. Tem gente que não liga à mínimo pro marketing pessoal. Pessoas com um potencial enorme, que pecam por não saber se portar em ambientes e situações que exigem uma postura elegante e profissional. Glorinha Kalil neles já!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DEVANEIOS

Quando não tenho nada crio. Quando tropeço levanto. Quando descanso trabalho.
Meus sonhos se perderam em algum lugar debaixo da fronha do meu travesseiro.
É cedo, o galo já cantou sua sinfonia. Cheirinho de café passado em coador de pano.
Tudo estaria perfeito se o choveiro resolvesse funcionar nesta manhâ fria.
Alguns petelecos no danado e ele resolve esquentar a água que lava as memórias esquecidas da noite anterior. Quanta coisa se perde depois de um banho, a vida escorrendo, abrindo passagem pelo ralo. A vida segue passagem pelos canos, misturando-se a outras vidas, para desaguar em algum destino. O sol chegou, e junto com ele a lucidez.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

NOSTALGIA

Onde foi parar meu coração? Onde foi parar meus sentimentos? Onde foi parar o desejo de um mundo melhor? Cadê a motivação que me acelerava o peito, que me tirava o sono. Mais um acidente me pula aos olhos, mais uma vida que se vai sem chance de dizer adeus. Morte, choro, desespero, indiferença, faz parte do meu show, faz parte do meu show. Como abutres em busca do alimento, como caçador de olho na presa assim sou eu. O futuro do jornalismo na pós-modernidade caminha cada vez mais para o entretenimento. Os telejornais por exemplo não abrem mão das velhas fórmulas, o que tem feito o telespectador desligar a TV, devido a falta de criatividade de quem pensa a notícia. O público está cada vez mais cético quanto à imparcialidade e objetidade da imprensa brasileira.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

UMA IDEIA NA CABEÇA

Aqui no meu silêncio enquanto o mundo dorme ideias me vêm à cabeça. Inquietações próprias de alguém diante de desafios que para serem vencidos é necessário muito mais que força de vontade. Descobrir o verdadeiro sentido do que almejamos é simplesmente libertador pra nossa alma. Muitas vezes temos tantas vontades que não condizem ou não têm nada a ver com a nossa personalidade, apenas para impressionar àqueles que nos cercam ou para receber alguns aplausos. Não sei, mas parece que está no cerne do homem querer ser o centro, receber o êxito e ser reconhecido pelo grande público. Um mundo de máscaras, onde todos somos personagens de um enredo teatral no qual temos que representar papéis e nos adaptarmos a diferentes situações. O problema é que às vezes a máscara cai. Não dá pra representar o tempo todo.

domingo, 11 de abril de 2010

ISSO SIM É UMA VERGONHA

A reprise de 2006. Agora, como farsa
por Luiz Carlos Azenha

Em 2005 e 2006 eu era repórter especial da TV Globo. Tinha salário de executivo de multinacional. Trabalhei na cobertura da crise política envolvendo o governo Lula.
Fui a Goiânia, onde investiguei com uma equipe da emissora o caixa dois do PT no pleito local. Obtivemos as provas necessárias e as reportagens foram ao ar no Jornal Nacional. O assunto morreu mais tarde, quando atingiu o Congresso e descobriu-se que as mesmas fontes financiadoras do PT goiano também tinham irrigado os cofres de outros partidos. Ou seja, a “crise” tornou-se inconveniente.
Mais tarde, já em 2006, houve um pequena revolta de profissionais da Globo paulista contra a cobertura política que atacava o PT mas poupava o PSDB. Mais tarde, alguns dos colegas sairam da emissora, outros ficaram. Na época, como resultado de um encontro interno ficou decidido que deixaríamos de fazer uma cobertura seletiva das capas das revistas semanais.
Funciona assim: a Globo escolhe algumas capas para repercutir, mas esconde outras. Curiosamente e coincidentemente, as capas repercutidas trazem ataques ao governo e ao PT. As capas “esquecidas” podem causar embaraço ao PSDB ou ao DEM. Aquela capa da Caros Amigos sobre o filho que Fernando Henrique Cardoso exilou na Europa, por exemplo, jamais atenderia aos critérios de Ali Kamel, que exerce sobre os profissionais da emissora a mesma vigilância que o cardeal Ratzinger dedicava aos “insubordinados”.
Aquela capa da Caros Amigos, como vimos estava factualmente correta. O filho de FHC só foi “assumido” quando ele estava longe do poder. Já a capa da Veja sobre os dólares de Fidel Castro para a campanha de Lula mereceu cobertura no Jornal Nacional de sábado, ainda que a denúncia nunca tenha sido comprovada.
Como eu dizia, aos sábados, o Jornal Nacional repercute acriticamente as capas da Veja que trazem denúncias contra o governo Lula e aliados. É o que se chama no meio de “dar pernas” a um assunto, garantir que ele continue repercutindo nos dias seguintes.
Pois bem, no episódio que já narrei aqui no blog, eu fui encarregado de fazer uma reportagem sobre as ambulâncias superfaturadas compradas pelo governo quando José Serra era ministro da Saúde no governo FHC. Havia, em todo o texto, um número embaraçoso para Serra, que concorria ao governo paulista: a maioria das ambulâncias superfaturadas foi comprada quando ele era ministro.
Ainda assim, os chefes da Globo paulista garantiram que a reportagem iria ao ar. Sábado, nada. Segunda, nada. Aparentemente, alguém no Rio decidiu engavetar o assunto. E é essa a base do que tenho denunciado continuamente neste blog: alguns escândalos valem mais que outros, algumas denúncias valem mais que outras, os recursos humanos e técnicos da emissora — vastos, aliás — acabam mobilizados em defesa de certos interesses e para atacar outros.
Nesta campanha eleitoral já tem sido assim: a seletividade nas capas repercutidas foi retomada recentemente, quando a revista Veja fez denúncias contra o tesoureiro do PT. Um colega, ex-Globo, me encontrou e disse: “A fórmula é a mesma. Parece reprise”.
Ou seja, podemos esperar mais do mesmo:
– Sob o argumento de que a emissora está concedendo “tempo igual aos candidatos”, se esconde uma armadilha, no conteúdo do que é dito ou no assunto que é escolhido. Frequentemente, em 2006, era assim: repercutindo um assunto determinado pela chefia, a Globo ouvia três candidatos atacando o governo (Geraldo Alckmin, Heloisa Helena e Cristovam Buarque) e Lula ou um assessor defendendo. Ou seja, era um minuto e meio de ataques e 50 segundos de contraditório.
– O Bom Dia Brasil é reservado a tentar definir a agenda do dia, com ampla liberdade aos comentaristas para trazer à tona assuntos que em tese favorecem um candidato em detrimento de outro.
– O Jornal da Globo se volta para alimentar a tropa, recorrendo a um grupo de “especialistas” cuja origem torna os comentários previsíveis.
– Mensagens políticas invadem os programas de entretenimento, como quando Alexandre Garcia foi para o sofá de Ana Maria Braga ou convidados aos quais a emissora paga favores acabam “entrevistados” no programa do Jô.
A diferença é que, graças a ex-profissionais da Globo como Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e outros, hoje milhares de telespectadores e internautas se tornaram fiscais dos métodos que Ali Kamel implantou no jornalismo da emissora. Ele acha que consegue enganar alguém ao distorcer, deturpar e omitir.
É mais do mesmo, com um gostinho de repeteco no ar. A história se repete, agora com gostinho de farsa.
Querem tirar a prova? Busquem no site do Jornal Nacional daquele período quantas capas da Veja ou da Época foram repercutidas no sábado. Copiem as capas das revistas que foram repercutidas. Confiram o conteúdo das capas e das denúncias. Depois, me digam o que vocês encontraram.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MEDO DE SENTIR MEDO


Que coisa terrível é sentir medo. Aquele sentimento de pavor que toma conta de nosso ser nos fazendo muitas vezes deixar de tomar decisões que possivelmente nos fariam seres mais "evoluídos", seres humanos melhores ou piores, depende do ponto de vista ou da maneira que cada pessoa decide encarar a vida. E é justamente o medo que nos impede de alçar novos voos, de viver experiências marcantes como se abrir pra viver uma paixão. Na verdade diante de situações que exige de nós uma certa autonomia sempre trememos na base. Por mais controle que pensamos ter sobre as nossas decisões, quando nos defrontamos com os desafios, a sensação de pânico ou o sentimento de perder algo seguro para ir em busca de uma realização que não temos certeza se vai valer a pena, ainda é uma incógnita em nossas vidas. Então o que fazer? Como nos abrir para viver o novo? O desafiador?
Não podemos nos deixar ser amarrados como Ulisses, aquele da odisséia, que ouviu o canto da sereia mas não viveu o momento sublime de encantamento. A vida é cheia de desafios e gigantes, ninguém disse que seria fácil. No entanto, desafiar o medo é sentir a sensação de êxito ou de dever cumprido, por ter demonstrado um ato de coragem.