quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO".

Depois da passagem tumultuada de Ana de Hollanda pelo Ministério da Cultura, super criticada pelos movimentos da cultura que a acusavam de não debater as políticas públicas do setor, a nova ministra Marta Suplicy começa articular ações para desfazer a imagem negativa da gestão anterior. E parece que Marta está a todo vapor nessa nova empreitada. A ministra diz estar aberta a sugestões e ao diálogo a todas as questões. Pelo menos por enquanto, ela tem tentado demonstrar mais abertura participando de reuniões com entidades e movimentos para definir seu plano de trabalho.
Marta também tem sinalizado interesse quanto à legislação sobre direitos autorais vigente no Brasil, considerada pela Consumers International como a quinta pior lei de direito autoral do mundo. Pasmem!!!
Temos que estudar e trabalhar bastante, mas a chave será conciliar a proteção ao autor, que vive de sua obra, com a dinâmica da Internet e da era digital, disse a ministra.
Não deve ser nada fácil conduzir um Ministério que envolve tantas questões e interesses, como as polêmicas envolvendo a aprovação de projetos que, muitas vezes, não deveriam ser beneficiados com recursos da pasta. O que acaba prejudicando trabalhos que poderiam trazer uma grande contribuição para a cultura brasileira, no entanto, são injustiçados para dar lugar a propostas de artistas já consagrados ou que estão em evidência.
Só o tempo dirá se Marta Suplicy vai dar conta do recado ou vai ficar tudo como está. Filhos famosos ela tem, embora, não seja possível afirmar que os filhos dela tenham tido as mesmas dificuldades que os milhares de artistas atravessam no início de carreira. É esperar para ver se o diálogo não vai passar de palavras vazias.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

QUER MESMO SER JORNALISTA NO BRASIL?

 
É assustador o número de jornalistas que perde a vida no Brasil. De acordo com dados do International News Safety Institute (INSI), somente este ano 7 profissionais foram mortos. É uma triste realidade que coloca o país nas estatísticas entre os países mais perigosos do mundo para os profissionais de imprensa neste ano, atrás apenas de Síria, Nigéria e Somália.
 
Segundo o relator especial sobre a Liberdade de opinião e de Expressão da ONU, Frank La Rue, os profissionais da imprensa morrem mais em conflitos isolados do cotidiano do que em coberturas de guerra. "“Embora a morte ou sofrimento dos jornalistas em situações de conflito armado atraia a atenção da comunidade internacional, são os jornalistas que enfrentam riscos diários e violações de seus direitos em situações que não atingem o limiar do conflito armado, mas que contém ilegalidade, violência ou repressão"”, disse o relator, ao portal comunique-se.
 
A morte do jornalista Tim Lopes, em 2 de junho de 2002 por traficantes, expôs a fragilidade do trabalho jornalístico e muitas empresas reconheceram a importância de se investir em equipamentos de segurança para seus funcionários, além de desenvolverem cursos de treinamento para coberturas em situações de conflito para seus profissionais, mas ainda há muito a se fazer. Em junho, a Organização da Nações Unidas (ONU) fez uma denúncia relatando o aumento assustador da violência contra jornalistas na América Latina, e, segundo a organização, a situação do Brasil é preocupante. Um terço de todas as mortes de jornalistas no mundo; 35 das 107 registradas na América Latina, seis aconteceram no Brasil, número já ultrapassado neste ano.
 
Aqui no Brasil os assassinatos de jornalistas estão relacionados principalmente a denúncias de corrupção e tráficos de drogas, pautas que se enquadram, geralmente, em editorias de polícia ou política nos veículos de comunicação. É bom pensar duas vezes antes de querer enveredar-se por esses caminhos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MONTEIRO LOBATO E O PENSAMENTO DE UMA ÉPOCA.

É fato que alguns segmentos da imprensa são, ainda que não admitam, de uma forma velada contrários a todo e qualquer tipo de ação afirmativa que visa reparar um problema histórico que vem se arrastando há séculos, que é a questão racial no Brasil. Seus reflexos e conseqüências envolvem debates com vários pontos de vista e ideologias diferentes. No entanto, é preciso tomar cuidado para que atitudes muitas vezes radicais desqualifiquem o debate sobre o tema.

É o caso das acusações de racismo contra a obra "Caçadas de Pedrinho" de Monteiro Lobato, que foi objeto de uma audiência de conciliação no mês passado no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao invés de polemizar tanto sobre a obra do escritor que foi pensada numa época que representava justamente a realidade de como esse público era visto pela sociedade, como a proibição ou como queiram, a exclusão do Programa Nacional Biblioteca (PNBE) e outros programas do governo, poderia se pensar outras formas de trazer o debate justamente para os dias atuais. Seria uma oportunidade para professores e alunos discutirem se questões levantadas por Lobato há quase 1 século ainda estão entranhadas no cerne da sociedade brasileira.

A capacitação de professores para o ensino das relações étnico-raciais e a implementação da Lei 10.639/96, que prevê a obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro-brasileira é de suma importância no que tange ao processo de formação da identidade do povo brasileiro. Não tem como negar que o racismo é uma chaga que insiste em permanecer no imaginário principalmente de alguns setores do poder. E é evidente que o racismo não se combate com medidas desse tipo como a proibição da obra do autor, mas com profissionais bem preparados. Resta-nos o bom senso!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ACHO QUE DESSA VEZ O BRASIL LEVA.

 
O filme “"O Palhaço”" foi o escolhido pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira em 2013. E quem deve estar rindo à toa é o ator e diretor, Selton Mello, protagonista do longa. E pensar que os queridinhos do momento, Wagner Moura e Rodrigo Santoro esnobaram o convite de Selton para dar vida ao personagem principal da trama.

O filme conta a história de um palhaço que passar por uma crise existencial e pensa em abandonar o circo em que trabalha com o pai dele. “"O Palhaço”" desbancou produções de peso como “Á Beira do Caminho”, de Breno Silveira; “Heleno”, de José Henrique Fonseca, “Xingu”, de Cão Hamburger, e “Billi Pig”, de José Eduardo Belmonte.Os critérios utilizados pelos membros da comissão para a escolha do filme de Selton, se basearam em elementos artísticos e da capacidade de ditribuição e promoção do filme no exterior.
 
Acredito que será mais um bom momento para o cinema nacional. Agora é torcer para que no dia 10 de janeiro, "“O Palhaço"” encabece a lista de indicados ao Oscar. Até mesmo porque o último filme brasileiro indicado ao Oscar foi em 2003 com “Cidade de Deus”, e vale lembrar que na categoria de melhor filme estrangeiro, o Brasil disputou o Oscar pela última vez com “Central do Brasil”, em 1998, com a indicação inesquecível da atriz Fernanda Montenegro concorrendo como melhor atriz.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

REDUÇÃO DE CRESCIMENTO DO PIB PARA 2% BRECA CRESCIMENTO NO PAÍS

Os reflexos da crise econômica nos países ricos, somados à queda no ritmo de crescimento da indústria, e, consequentemente, a demora do governo em adotar medidas anticrise no primeiro semestre, fez com que a previsão de crescimento do PIB este ano, de 3% recuasse para 2%. Como anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quinta-feira.

De acordo com especialistas, o governo brasileiro demorou em agir antes que o caldo entornasse. A indústria já vinha dando sinais que não andava bem das pernas, no entanto, o governo fez vista grossa com o otimismo de sempre. E as contradições não param por aí. Segundo o ministro, o segundo semestre vai ser melhor, “"mas o primeiro semestre puxa a média para baixo"”, disse. Essa indicação comprova que as críticas feitas desde o início do ano por analistas, tinham fundamento.
A expectativa para 2013 é que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a padrões mais altos, e que a economia brasileira cresça acima de 4%. Alguns economistas acreditam que mesmo com os índices baixos, menos de 2% nos terceiro e quarto trimestres de 2012, a economia brasileira poderá encerrar o ano no ritmo de 4% a 5,3%. Estimativa, que segundo Mantega, será mantida em 2013.

E apesar das medidas de estímulo econômico adotadas, desde o mês de maio pelo governo, como a redução do IPI para a linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar) e para automóveis, e até mesmo a redução da taxa básica de juros iniciada no mês passado, não foram suficientes para brecar a desaceleração do PIB. Só nos resta aguardar que a indústria volte a crescer no terceiro trimestre. Os economistas, assim como Guido Mantega, estão otimistas. É esperar pra ver!

terça-feira, 12 de junho de 2012

PODE ENTRAR A CASA É SUA

E mais um crime bárbaro faz a alegria de programas polurarescos do tipo A Casa é Sua da digníssima apresentadora da Rede TV Sônia Abrão. Fico me imaginando o que seria da Sônia sem as carnificinas cometidas por algumas mentes doentias que adentram os lares dos telespectadores através do seu programa. O caso em questão é a morte do empresário Mário Matsunaga esquartejado pela esposa. E, pelo visto, vai servir de pauta para o resto da semana. Ou seja, A Casa é Sua tem "munição", ou diríamos, "sangue", sim, porque assim como os vampiros se alimentam de sangue, e os abutres de restos em decomposição, esse semanário vai nadar de braçada assim como o fez nas últimas semanas, no caso da revelação da apresentadora Xuxa para o Fantástico, sobre ter sofrido abuso sexual na infância.

Como sempre de forma muita espetacular busca-se entender os mistérios da alma humana, através de um profissional da área de psicologia e um criminalista que nada trazem de novidade ao caso em questão. Na verdade, o que acontece é um emaranhado de distorções onde a apresentadora se coloca no papel de advogada ou juíz dependendo do que for melhor para o ibope e assim fazer mais merchandising.

Muitas questões poderiam ser colocadas para o público fazer seus próprios questionamentos e juízo de valor, como a quantidade de armas encontradas na casa do casal, os motivos que o levou a vender uma fábrica de alimentos para uma poderosa multinacional americana, e o porquê do interesse em mudar para o ramo de vinhos. Mas como sempre essa não é a linha do A Casa é Sua, é melhor abordar a vida pregressa da ex-prostituta que tinha tudo para dar certo na vida mas acabou vencida pela ambição, que, de acordo com Sônia, foi tudo premeditado. Duvidando da investigação policial na qual concluiu que se tratou de crime passional.É mole?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O LEGADO DA COPA DE 2014

Uma comunidade indígena que vive em uma aldeia vizinha ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, onde cerca de 30 índios ocupam o terreno do antigo Museo do Índio, foi foco das 17 principais recomentadações feitas ao governo brasileiro em uma sabatina sobre a situação dos direitos humanos no país. O evento foi realizado na última sexta-feira na ONU em Genebra.

A ONU pede que as obras da Copa de 2014, e dos Jogos Olímpicos de 2016, não gerem despejos forçados de moradores e tragam benefícios a longo prazo para a população urbana marginalizada. O atual sistema de polícia militar, a superlotação das cadeias, o combate ao tráfico de pessoas e a criação de programas de proteção a juízes, ativistas de direitos humanos e jornalistas também foram temas que dominaram a pauta.

Até mesmo a Lei Maria da Penha, que protege mulheres contra a violência doméstica, foi lembrada na qual a ONU recomendou que o Brasil se esforce para implementá-la. Além da discussão de temas como a proteção aos idosos, aos indígenas, aos deficientes  e às crianças, entre outros pontos.

Esses índios são descendentes dos primeiros brasileiros, membros de diferentes grupos indígenas que correm o risco de serem despejados devido às obras no estádio para a Copa de 2014. Vamos esperar e conferir qual será o legado que todos esses eventos trarão para o país principalmente em benefício dos mais pobres. Que os direitos humanos e o respeito ao outro sejam cumpridos e prevaleçam acima de qualquer desvio.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Foi só a rede Tv consegui emplacar altos índices de audiência com O UFC (Ultimate Fighting Championship) torneio de MMA, para os canais concorrentes iniciarem uma verdadeira disputa aos direitos de transmissão dos próximos campeonatos. E aí competir com um gigante em se tratando da rede Globo, não deu outra. A emissora despachou além da rede TV, as também concorrentes rede Record e Band, que também disputavam os direitos de transmissão. Segundo o presidente do UFC, Dana White, a visibilidade dada pela Globo aos eventos que exibe acabou pesando em sua decisão final.

E pegando carona nessa nova onda do momento, Belo Horizonte encara o desafio de apresentar a 147ªedição do evento no próximo dia 23 de junho. O evento será no Mineirinho, e já começa a tumultuar alguns setores da cidade como o de hospedagem. Quem pretende vir a capital para assistir à luta vai pagar até 216% mais pela hospedagem do que o habitual.  É que os hotéis aproveitam eventos grandiosos como esses para faturar em baixa temporada. É a mesma estratégia usada nos feriados, quando as tarifas também se inflacionam significativamente.

A expectativa dos organizadores do UFC é receber um público acima dos 14 mil pagantes.Os ingresso custarão entre R$220 e R$1200. Será que vale a pena todo esse investimento para ver os já quase aposentados Vitor Belfort e Wanderlei Silva? Tenho lá minhas dúvidas.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Saiu Pela Culatra


Parece que a estratégia utilizada pelo presidente americano Barack Obama, no último mês, não surtiu o efeito desejado. Se a intenção era fisgar o voto do eleitor, principalmente dos mais jovens, quando afirmou ser favorável ao casamento gay, o tiro saiu pela culatra. É o que mostra uma pesquisa divulgada na última terça-feira pela rede de TV NBC e o Wall Street Journal, no qual aponta que 17% dos mil eleitores entrevistados nos últimos dias 16 e 20 se declararam mais propensos a votarem em Obama após a declaração. No entanto, 20% disseram que estão mais propensos em votar no republicano Mitt Romney, que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Ainda é cedo para prever o que realmente irá acontecer nas urnas em respota ao posicionamento de Obama. Em se tratando de política, a maré pode mudar a qualquer tempo. Mas candidatos com discurso populista sempre adotam essa mesma estratégia em relação a temas polêmicos para angariar o voto das "minorias". Porém, nem mesmo o teor populista parece salvar o presidente do povo frustrado.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A AVENIDA E O CAOS

Quem assim como eu precisa encarar o suplício de passar pela Avenida Cristiano Machado, sabe que não tem sido nada fácil exercer a paciência nesses últimos meses que se iniciaram as obras do BRT. É preciso acordar bem mais cedo do tempo habitual para não chegar atrasado no trabalho. Das duas uma, ou você chega muito adiantado ou se atraver enrolar um pouco mais na cama com certeza vai levar bronca do patrão.

Acidentes constantes também contribuem para o caos nesta avenida, que tem tirado o nervo principalmente daqueles que precisam encarar ônibus lotados. E quando uma determinada categoria resolve fazer greve, como foi o caso do metrô na última segunda-feira, ficamos todos "ilhados". O direito à greve é legítimo, mas como sempre quem paga é o cidadão comum. E com todas essas intervenções judiciais que começaram a ser instauradas nos últimos tempos sempre que acontece um movimento dessa natureza, ficará cada vez mais difícil para o trabalhador reivindicar direitos.  

Mas, enfim, com greve ou sem greve, acredito que ainda vamos passar muita dor de cabeça nessa via dolorosa, chamada de Cristiano Machado.

sábado, 12 de maio de 2012

Veta, Dilma!


É impressionante como determinados assuntos que envolvem interesses múltiplos, principalmente, quando há relações de poder entre dominantes e dominados a morosidade impera no nosso país.
Uma queda de braço que envolve aqueles que não querem abrir mão dos lucros, sem se importar com impacto que este venha causar ao meio ambiente, e, do outro, pequenos produtores muitas vezes explorados por esses grandes empresários do agronegócio. O novo Código Florestal, que nem sei mais se é novo, se tornou um embróglio sem fim. Não dá pra entender como algo que já estava praticamento estabelecido, (sim, o Senado já havia aprovado o texto após intenso debate e reformulações na proposta do Aldo Rebelo, lembram?). Pois bem, eis que os nossos "ilustríssimos" deputados da bancada ruralista na Câmara resolveram modificar o texto e alterou o projeto incluindo pontos controversos.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defende o veto presidencial, no entanto, não sabe qual tipo de veto será recomendado, disse que a pasta está avaliando.“Estamos avaliando o texto e vamos avaliar juridicamente se ele tem condições ou não de ser aprovado. Agora, a nossa recomendação é que tenha veto", disse a ministra. 

Sinceramente não dá pra entender certos entraves na política brasileira. E isso se deve, muitas vezes, por culpa daqueles que estão à frente ou na gestão dessas pastas. Se o texto foi alterado e há sinais claros de interesses que beneficia os grandes produtores porque esperar? Como assim verificar se tem condição ou não de ser aprovado? Já que a própria ministra defende o veto e vê irregularidades.  
Agora é aguardar o próximo capítulo dessa novela que esperamos que no mínimo tenha um final feliz. O final desse enredo está nas mãos da presidenta Dilma Rousseff, que tem até o dia 25 para vetar parcialmente, integralmente ou sancionar o Código Florestal.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

COTAS, AINDA É PRECISO.

 

Os que são contra a política de cotas como ação afirmativa para tentar reduzir as históricas desigualdades sociais entre grupos étnicos, sempre buscam uma forma de tentar impedir o avanço do projeto. Nessa quarta-feira o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar a constitucionalidade de sistemas de cotas adotados por universidades brasileiras para seleção de seus alunos. Até o momento, o ministro Ricardo Lewandowski, que é também o relator de duas ações sobre o assunto, foi o único a votar e reconheceu a validade das açoes afirmativas.

A sessão foi marcada pelas intervenções do ministro Joaquim Barbosa, que é o único integrante negro no STF. Barbosa deu exemplo dos Estados Unidos e do presidente Barack Obama, para enfatizar a importância das políticas afirmativas. O voto de Lewandowski foi fundamentado a partir de informações que a maioria dos brasileiros está cansado de saber, porém, ignorada por determinadas elites intelectuais. Os cargos de alto escalão e de direção de empresas são ocupados em grande parte por brancos.

O discuso dos que são contra ações afirmativas é sempre o mesmo, o de que a política baseada em parâmetros étnicos cria no país um modelo de Estado dividido pelo critério racial. E sempre recaem na mesma lógica de adotar uma política de recorte social. No entanto, pensando dessa forma é o mesmo que dizer que não existe preconceito racial no Brasil. Mesmo no sistema de cotas sociais o branco pobre ainda teria mais oportunidade que o pobre negro.