A
diarista Mônica Souza disse que ficou muito emocionada com a mobilização da
população que se uniu para salvar a visão da sua filha
Por William de Jesus
Teófilo Otoni –
Para chegar até a casa da diarista Mônica Souza, 41 anos, antes é preciso
encarar uma longa escadaria que dá acesso ao Morro do Cemitério, além de fôlego,
pois ela mora quase no finalzinho do “escadão”. A poucos metros do portão da trabalhadora,
a imagem de um homem embriagado já denunciava que a vida de Mônica não devia
ser nada fácil. Ele é marido dela e pai dos seus cinco filhos. O homem não sabe
o que é trabalhar há muito tempo e o pouco que ganha fazendo “bicos” gasta tudo
com o álcool. Entretanto, Mônica tem fé que um dia ainda vai ver o marido
“liberto” da cachaça. Enquanto isso não acontece, ela precisa dar faxinas para
complementar a ajuda que recebe do Bolsa
Família e, dessa forma, não deixar faltar pão na mesa dos filhos.
No
início do ano, a pequena Sarah Souza Soares, 4 anos, que sofria com glaucoma precisou
fazer uma cirurgia no valor de R$3.100 reais com um especialista em Governador
Valadares. Mônica conta que tentou fazer o procedimento pela rede pública de
saúde, mas como é um processo muito demorado, a menina que corria o risco de
ficar cega não podia mais esperar. Foi aí que ela teve a ideia de buscar ajuda em
uma emissora de rádio da cidade.
“Eu descobri que ela tinha essa doença porque
ela vivia coçando as vistas e lacrimejando. Aí eu levei ela numa médica por
causa de uma coisa e a doutora acabou descobrindo que ela tinha problema de
vista. Mas o médico já deu alta pra ela
e a gente não precisa mais fazer acompanhamento em Valadares. Ela vai ser
atendida aqui (Teófilo Otoni) agora porque a pressão dela está de 8, antes dela
fazer a cirurgia estava em 25. Agora abaixou graças a Deus”, disse.
Vida normal só depois do tratamento
Quando
não está na creche, Sarah passa o dia vendo TV já que, por enquanto, ela ainda
não pode praticar atividades que fazem parte do universo infantil como pular e
correr. “Não pode tomar poeira e sempre tem que lavar o olhinho dela com soro
fisiológico e tem também o colírio. Ela vai ter que esperar passar o período da
cirurgia pra poder voltar a vida normal”, lembrou Mônica.
A
diarista disse que ficou muito emocionada com a mobilização da população que se
uniu para salvar a visão da sua filha. “Porque eu não tenho condições e a
solução que eu encontrei pra salvar as vistas da minha filha foi correr atrás
de alguém pra me ajudar. Como é que eu ia conseguir mais de três mil reais
sendo que eu ganho duzentos e oitenta reais por mês”, enfatiza.
A batalha continua
A
próxima consulta de Sarah está agendada para o mês de agosto. Porém, Mônica ainda
não sabe como vai conseguir os R$250 reais da avaliação médica, mas ela se
apoia na fé. “Eu creio em Deus que eu vou conseguir. Ele vai fazer a obra.
Aquele que confia em Deus nunca fica desamparado. Quem quiser continuar me
ajudando eu gostaria muito porque ela vai precisar fazer consulta, tem os
colírios pra usar. Qualquer tipo de ajuda é bem-vinda”, afirmou Mônica.
Quem
quiser continuar ajudando no tratamento da pequena Sarah, o telefone para
contato é o: 8878-3249 (Falar com Mônica).