segunda-feira, 28 de maio de 2012

O LEGADO DA COPA DE 2014

Uma comunidade indígena que vive em uma aldeia vizinha ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, onde cerca de 30 índios ocupam o terreno do antigo Museo do Índio, foi foco das 17 principais recomentadações feitas ao governo brasileiro em uma sabatina sobre a situação dos direitos humanos no país. O evento foi realizado na última sexta-feira na ONU em Genebra.

A ONU pede que as obras da Copa de 2014, e dos Jogos Olímpicos de 2016, não gerem despejos forçados de moradores e tragam benefícios a longo prazo para a população urbana marginalizada. O atual sistema de polícia militar, a superlotação das cadeias, o combate ao tráfico de pessoas e a criação de programas de proteção a juízes, ativistas de direitos humanos e jornalistas também foram temas que dominaram a pauta.

Até mesmo a Lei Maria da Penha, que protege mulheres contra a violência doméstica, foi lembrada na qual a ONU recomendou que o Brasil se esforce para implementá-la. Além da discussão de temas como a proteção aos idosos, aos indígenas, aos deficientes  e às crianças, entre outros pontos.

Esses índios são descendentes dos primeiros brasileiros, membros de diferentes grupos indígenas que correm o risco de serem despejados devido às obras no estádio para a Copa de 2014. Vamos esperar e conferir qual será o legado que todos esses eventos trarão para o país principalmente em benefício dos mais pobres. Que os direitos humanos e o respeito ao outro sejam cumpridos e prevaleçam acima de qualquer desvio.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Foi só a rede Tv consegui emplacar altos índices de audiência com O UFC (Ultimate Fighting Championship) torneio de MMA, para os canais concorrentes iniciarem uma verdadeira disputa aos direitos de transmissão dos próximos campeonatos. E aí competir com um gigante em se tratando da rede Globo, não deu outra. A emissora despachou além da rede TV, as também concorrentes rede Record e Band, que também disputavam os direitos de transmissão. Segundo o presidente do UFC, Dana White, a visibilidade dada pela Globo aos eventos que exibe acabou pesando em sua decisão final.

E pegando carona nessa nova onda do momento, Belo Horizonte encara o desafio de apresentar a 147ªedição do evento no próximo dia 23 de junho. O evento será no Mineirinho, e já começa a tumultuar alguns setores da cidade como o de hospedagem. Quem pretende vir a capital para assistir à luta vai pagar até 216% mais pela hospedagem do que o habitual.  É que os hotéis aproveitam eventos grandiosos como esses para faturar em baixa temporada. É a mesma estratégia usada nos feriados, quando as tarifas também se inflacionam significativamente.

A expectativa dos organizadores do UFC é receber um público acima dos 14 mil pagantes.Os ingresso custarão entre R$220 e R$1200. Será que vale a pena todo esse investimento para ver os já quase aposentados Vitor Belfort e Wanderlei Silva? Tenho lá minhas dúvidas.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Saiu Pela Culatra


Parece que a estratégia utilizada pelo presidente americano Barack Obama, no último mês, não surtiu o efeito desejado. Se a intenção era fisgar o voto do eleitor, principalmente dos mais jovens, quando afirmou ser favorável ao casamento gay, o tiro saiu pela culatra. É o que mostra uma pesquisa divulgada na última terça-feira pela rede de TV NBC e o Wall Street Journal, no qual aponta que 17% dos mil eleitores entrevistados nos últimos dias 16 e 20 se declararam mais propensos a votarem em Obama após a declaração. No entanto, 20% disseram que estão mais propensos em votar no republicano Mitt Romney, que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Ainda é cedo para prever o que realmente irá acontecer nas urnas em respota ao posicionamento de Obama. Em se tratando de política, a maré pode mudar a qualquer tempo. Mas candidatos com discurso populista sempre adotam essa mesma estratégia em relação a temas polêmicos para angariar o voto das "minorias". Porém, nem mesmo o teor populista parece salvar o presidente do povo frustrado.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A AVENIDA E O CAOS

Quem assim como eu precisa encarar o suplício de passar pela Avenida Cristiano Machado, sabe que não tem sido nada fácil exercer a paciência nesses últimos meses que se iniciaram as obras do BRT. É preciso acordar bem mais cedo do tempo habitual para não chegar atrasado no trabalho. Das duas uma, ou você chega muito adiantado ou se atraver enrolar um pouco mais na cama com certeza vai levar bronca do patrão.

Acidentes constantes também contribuem para o caos nesta avenida, que tem tirado o nervo principalmente daqueles que precisam encarar ônibus lotados. E quando uma determinada categoria resolve fazer greve, como foi o caso do metrô na última segunda-feira, ficamos todos "ilhados". O direito à greve é legítimo, mas como sempre quem paga é o cidadão comum. E com todas essas intervenções judiciais que começaram a ser instauradas nos últimos tempos sempre que acontece um movimento dessa natureza, ficará cada vez mais difícil para o trabalhador reivindicar direitos.  

Mas, enfim, com greve ou sem greve, acredito que ainda vamos passar muita dor de cabeça nessa via dolorosa, chamada de Cristiano Machado.

sábado, 12 de maio de 2012

Veta, Dilma!


É impressionante como determinados assuntos que envolvem interesses múltiplos, principalmente, quando há relações de poder entre dominantes e dominados a morosidade impera no nosso país.
Uma queda de braço que envolve aqueles que não querem abrir mão dos lucros, sem se importar com impacto que este venha causar ao meio ambiente, e, do outro, pequenos produtores muitas vezes explorados por esses grandes empresários do agronegócio. O novo Código Florestal, que nem sei mais se é novo, se tornou um embróglio sem fim. Não dá pra entender como algo que já estava praticamento estabelecido, (sim, o Senado já havia aprovado o texto após intenso debate e reformulações na proposta do Aldo Rebelo, lembram?). Pois bem, eis que os nossos "ilustríssimos" deputados da bancada ruralista na Câmara resolveram modificar o texto e alterou o projeto incluindo pontos controversos.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defende o veto presidencial, no entanto, não sabe qual tipo de veto será recomendado, disse que a pasta está avaliando.“Estamos avaliando o texto e vamos avaliar juridicamente se ele tem condições ou não de ser aprovado. Agora, a nossa recomendação é que tenha veto", disse a ministra. 

Sinceramente não dá pra entender certos entraves na política brasileira. E isso se deve, muitas vezes, por culpa daqueles que estão à frente ou na gestão dessas pastas. Se o texto foi alterado e há sinais claros de interesses que beneficia os grandes produtores porque esperar? Como assim verificar se tem condição ou não de ser aprovado? Já que a própria ministra defende o veto e vê irregularidades.  
Agora é aguardar o próximo capítulo dessa novela que esperamos que no mínimo tenha um final feliz. O final desse enredo está nas mãos da presidenta Dilma Rousseff, que tem até o dia 25 para vetar parcialmente, integralmente ou sancionar o Código Florestal.