sexta-feira, 18 de julho de 2014

Instituição é referência no cuidado e defesa dos direitos das crianças e adolescentes

O centro de acolhimento é uma instituição que há 30 anos desenvolve trabalhos sociais em Teófilo Otoni
A “O Ninho” – Centro de Acolhimento e Defesa da Criança e Adolescente é uma instituição que há 30 anos desenvolve trabalhos sociais em Teófilo Otoni. 

Tudo começou em 1984 quando a assistente social Maria Graciela Bartesaghi Silveira e a religiosa, Irmã Zoé, fundaram a Creche Ninho. A instituição sobrevive de doações feitas por pessoas que acreditam no projeto, e tem convênios com a Prefeitura Municipal. Atualmente o espaço é dividido em vários núcleos: Casa Ninho, Casa das Meninas e Casa dos Meninos. Já a creche Ninho, é onde as crianças da comunidade do bairro Palmeiras, onde funciona a sede da entidade, são acolhidas durante a semana enquanto seus pais trabalham. Tem ainda o Centro Educacional que oferece atividades para crianças e adolescente no contraturno escolar. “Elas passam um período na escola, almoçam na instituição e outro período no Centro Educacional, onde recebem reforço escolar, aulas de música, balé, informática e capoeira”, explica a coordenadora geral da instituição O Ninho, Maria Graciela Bartesaghi Silveira.

Para Silveira, o ideal cristão tem sido sua motivação durante todos esses anos cuidando de gente. Ela acredita que sem isso seria impossível levar o trabalho adiante. “É um trabalho de muitas alegrias, mas também de muitas frustrações devido algumas situações difíceis. Mas cada um tem um desejo dentro de si, de se dar para o outro. Só o amor pode transformar essas crianças, pois muitas delas nunca foram beijadas por uma mãe e nem tiveram o colo de uma mãe. O amor é uma grande dose que faz parte do trabalho para mudar essas crianças”, disse Maria Graciela.
Casa das meninas
Segundo a coordenadora, como em Teófilo Otoni não tinha nenhuma instituição que atendesse as crianças no período noturno, foi a partir do trabalho desenvolvido com as mulheres marginalizadas, que viram a necessidade de atender crianças em regime de abrigo.
Em 1990 a direção da instituição, após ouvir a sugestão de um grupo de italianos que visitava o local, surge a ideia de criar a Casa das Meninas, com o objetivo de atender crianças e adolescentes em situação de risco. Geralmente adolescentes grávidas ou vítimas de violência sexual. Os italianos ofereceram dinheiro para a compra da casa, que fica na Rua Recanto das Rosas, no bairro Palmeiras.
 “Foram muitas etapas durante esses 30 anos, a gente foi mudando de acordo com a necessidade. No começo a gente só trabalhava com crianças acolhidas. Chegamos a ter umas 160 crianças acolhidas, mas devido às leis não se achava bom que os abrigos fossem tão grandes por causa da individualidade da criança”, ressaltou.
Maria Graciela lembra ainda que, a instituição trabalha de acordo com a decisão das autoridades judiciárias. Há situações em que a criança pode ser encaminhada para adoção, guarda de parentes (tios ou avós), ou família substituta. No entanto, esse processo acontece de acordo com a particularidade de cada caso. “Em algumas situações podem até retornar para a própria mãe. É um trabalho em parceria com o fórum, tudo aqui é feito com autorização do juiz. Não tem uma idade fixa pra ficar na instituição, depende da situação. Elas ficam aqui até o juiz decidir o que pode ser feito”, destacou a coordenadora geral da instituição O Ninho, Maria Graciela Bartesaghi Silveira.
 ECA
No dia 13 de julho, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 24 anos de criação. Neste período, o Estatuto ganhou robustez e se consolidou como o principal instrumento de construção de políticas públicas para a promoção e garantia de direitos de crianças e adolescentes.
O documento é considerado um marco da proteção à infância no País e substituiu o Código de Menores. Criado em 1927, o Código de Menores representava um avanço já que trazia à tona uma legislação específica para crianças e adolescentes, inclusive com a ideia que crianças fossem separadas das prisões e instituições de adultos. No entanto, trazia na sua essência um olhar para a infância pobre, abandonada e em conflito com a lei para garantir a ‘ordem social’. Era um sistema focado na proteção e assistência através da justiça e assistência social marcando de forma pejorativa o termo ‘menor’.
A promulgação do ECA, em 1990, trouxe uma nova perspectiva, de prioridade absoluta às crianças e aos adolescentes e como sujeitos de direitos. Inspirado na Convenção das Nações Unidas pelos Direitos da Criança, de 1989, que o Brasil foi o primeiro País a ratificar. Outra grande novidade foi que, pela primeira vez na nossa história, a construção desse marco legal previa a articulação de um sistema com vários atores.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Cidade faz jus ao título de capital mundial das pedras preciosas

A beleza natural da Praça Tiradentes, cercada pelas árvores centenárias que servem de abrigo e alimento para as preguiças, ficou ainda mais rica com a exposição das pedras preciosas no 5º Encontro Nacional dos Garimpeiros e 5ª Amostra de Produtos do Garimpo

Nesta terça-feira (15), aconteceu a abertura do 5º Encontro Nacional dos Garimpeiros e 5ª Amostra de Produtos do Garimpo, na Praça Tiradentes. O evento é uma iniciativa do Sindicato Nacional dos Garimpeiros, com o apoio da Prefeitura de Teófilo Otoni. A beleza natural da praça, cercada pelas árvores centenárias que servem de abrigo e alimento para as preguiças, ganhou mais brilho e ficou ainda mais rica por causa das preciosidades que saltavam aos olhos de quem passava pelas barracas dos expositores. Pedras preciosas com cores e formatos variados talhadas à mão de verdadeiros artistas.
Presidente do Sindicato, Robson Caio de Andrade.

Segundo o vice-prefeito, dr. Ilter Volmer Martins, a prefeitura abraçou a causa dos garimpeiros. Ele torce para que esse comércio seja cada vez mais amplo, no sentido de preservar o título pelo qual a cidade ficou conhecida como a Capital Mundial das pedras preciosas.  “Nós temos que incentivar. O prefeito Getúlio Neiva e eu queremos o bem para a cidade pra todos, desde o garimpeiro até o grande comerciante de gemas. A cidade é plural e precisa haver esse tipo de comércio, reativá-lo e fomentá-lo, fazer com que aumente as vendas para que todos saiam ganhando e produzindo seu produto”, disse. 

Turismo da cidade
De acordo com Martins, o principal turismo de Teófilo Otoni sempre foi o comércio de gemas, por isso é importante investir nesse setor.  “Que a gente aumente mais ainda, tanto na praça quanto no Expominas. Nós queremos que tudo cresça em harmonia, a cidade é pra todos, portanto plural , e precisa respeitar todas as suas tradições. A minha presença aqui hoje é justamente para dar legitimidade e poder falar com as pessoas que estamos juntos por Teófilo Otoni”, afirmou o vice-prefeito.
O presidente do Sindicato Nacional dos Garimpeiros, Robson Caio de Andrade, está à frente da entidade desde 2001. Segundo ele, o sindicato foi fundado em 1954, por meio de um decreto a pedido do presidente Getúlio Vargas. Robson agradeceu o apoio da prefeitura pelo empenho em realizar mais uma edição da feira de pedras.
“Estamos mostrando o que nós temos sem precisar de enfeites ou holofotes. Fazendo a Praça Tiradentes brilhar como antigamente. É um evento cultural, pois tinha gente que morava em Teófilo Otoni e não conhecia uma pedra”.

Por uma política de exportação
Robson teceu algumas críticas quanto ao destino final que as pedras vêm sofrendo nos últimos anos na região. “Quando fiz a primeira feira, a cidade tinha 2700 lapidações hoje só tem 349. Teófilo Otoni ao invés de crescer decaiu. Eles pegam nossas pedras e levam para o Japão, Índia, China, in natura. Nós temos que dar trabalho para o nosso povo, porque afinal de contas, nós temos o maior lapidário do mundo aqui”, defendeu.

Segundo Andrade, uma estatística de 1997 revela que o Brasil produziu 70 toneladas de ouro comprado e derretido pela Caixa Econômica Federal. Ele afirma que desse montante 20 toneladas foram destinados ao mercado interno de joalherias no Brasil. “Já a Itália que não produz um grama de ouro derreteu 400 toneladas. O que nós precisamos é de uma política que proíba a exportação da pedra bruta, para que possamos exportar a joia, pois é ela que dá lucro. Nós somos sindicalistas para proteger os garimpeiros, que é um povo honrado e que tira desde o ouro, diamante e a pedra, até os minérios que fabrica hoje as grandes tecnologias”, revelou Robson.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Mulheres têm mais tendência a desenvolver “síndrome do olho seco”

Lentes de contato, ar condicionado, vento em excesso, uso de cosméticos, fumaça de cigarro, poluição do ar e excesso de tempo em frente ao computador, são alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença
TEÓFILO OTONI - No último dia (10), foi comemorado o Dia da Saúde Ocular, data que ajuda a reforçar a importância dos cuidados com os olhos. No inverno, além das doenças respiratórias, aumentam também o número de pessoas que procuram atendimento médico em decorrência de problemas relacionados aos olhos. A baixa umidade do ar e o clima seco, neste período do ano, contribuem para que as pessoas fiquem mais vulneráveis a doenças que afetam a visão. A síndrome do olho seco é marcada por irritação e coceira. 

Segundo o oftalmologista Bruno Guimarães Cerqueira, a doença é causada por uma condição anormal da superfície do olho que se manifesta quando as pessoas produzem lágrimas insuficientes, ou com alguma deficiência nos seus componentes. O médico conta que essa é uma das queixas mais comuns relatadas aos oftalmologistas nas consultas.

A síndrome do olho seco provoca mudança na alteração da superfície ocular e o paciente começa a ter desconforto. Quem passa muito tempo em frente ao computador tende a ficar com a visão mais irritada, já que as pessoas piscam menos quando estão concentradas diante do monitor. Nesse sentido, a recomendação dos especialistas para aqueles que passam horas em frente à máquina, é sempre piscar para que o olho não fique ressecado. “Determinados medicamentos podem provocar a redução de lubrificação nos olhos, como certos descongestionantes, anti-histamínicos, antidepressivos, diuréticos, anticongestivos, anestésicos, anticolinérgicos e betabloqueadores. Falta de vitamina A e várias doenças sistêmicas são frequentemente associadas ao olho seco. Entre essas a artrite, lúpus, sarcoidiose e principalmente a síndrome de Sjögren, conhecida como síndrome do olho seco, doenças da tiróide, de pele e doença de Parkinson entre outras”, acrescenta Bruno, sobre as possíveis causas que contribuem para o desenvolvimento da síndrome.
Mulheres são mais suscetíveis
De acordo com Cerqueira, as mulheres sofrem mais de olho seco do que os homens, provavelmente por questões hormonais. Elas ficam mais suscetíveis, principalmente depois da menopausa, período no qual acontece a queda do estrógeno. No entanto, há várias formas de tratar o olho seco, evitando, assim, que a doença evolua para um quadro mais grave. “Lágrimas artificiais,  em forma de colírio ou gel são indicados para casos mais simples. Em casos graves, é possível recorrer à oclusão da drenagem de lágrimas, permitindo que elas fiquem em contato com o olho por mais tempo. Portadores da síndrome do olho seco precisam de acompanhamento oftalmológico mais frequente. Sem tratamento, podem ocorrer lesões na córnea que comprometem a qualidade da visão temporária ou definitivamente”, alerta o oftalmologista.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Coração precisa de atenção especial durante os jogos da Seleção Brasileira

Realizar avaliações médicas periódicas, praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são algumas dicas para quem quer evitar um infarto.
Durante o período de jogos da Seleção Brasileira, os torcedores precisam tomar alguns cuidados para não deixar que a emoção, associada com outras extravagâncias, não se torne um problema de saúde. O coração precisa ter uma atenção especial. Os especialistas garantem que em épocas de Copa do Mundo, há uma incidência maior de morte súbita cardiovascular durante o evento. Isso ocorre por causa dos momentos tensos durante a partida fazendo com que algumas pessoas tenham taquicardia, arritmia, aumento da pressão ou contração exagerada das artérias. Nesse caso, para quem já apresenta algum tipo de problema cardíaco, é preciso tomar alguns cuidados, pois os riscos de comprometer a saúde cardiovascular são maiores. A recomendação é que pessoas que já tenham casos de doenças cardiovasculares na família realizem um check-up preventivo, com o intuito de evitar surpresas durante a Copa do Mundo.

Segundo a cardiologista Júlia M.Fernandes Cerqueira, as chances de um infarto nesse período é maior do que em outra época do ano, principalmente na cidade onde acontece o evento. “É o que aponta uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP). O índice de pacientes infartados nessas épocas cresce de 4% a 8%”, disse.
A médica enfatiza que o risco é maior em pacientes que já têm propensão a doenças cardiovasculares. “Quando falamos em infarto, há vários fatores de risco que envolvem a sua ocorrência, como diabetes, pressão alta, tabagismo. Quando tratamos essas doenças, reduzimos o risco do paciente vir a ter um infarto”.
Medidas preventivas
A orientação para quem tem doença cardiovascular é sempre tomar os remédios rigorosamente. A cardiologista recomenda que diante de sintomas como dores no peito, pressão alta, sudorese fria, dor irradiando para o braço ou pescoço; a pessoa deve procurar imediatamente um médico. “O torcedor não deve, em hipótese alguma, esperar acabar o jogo para procurar um médico. Pacientes que têm doença cardíaca prévia, não deve ir ou assistir aos jogos da Copa sem tratar os fatores de risco. O jogo é o estopim de algo que já existe”, alertou.
Júlia também lembra que o cigarro, bebida alcoólica e alimentos salgados devem ser evitados. “O mais importante é o uso correto da medicação que a pessoa já utiliza. É preciso levar a Copa como um momento de encontrar os amigos para confraternizar e se divertir. Nada de estresse”, aconselhou a cardiologista. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dor de garganta e rouquidão pode ser indicativo de câncer de laringe

A doença, quando diagnosticada no início, as chances de cura são grandes. O câncer de laringe é a segunda doença mais comum do trato respiratório, perdendo apenas para o câncer de pulmão

O Brasil é o segundo colocado no mundo em números de casos de câncer de laringe, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A estatística divulgada pelo órgão no mês de abril, quando foi comemorado o Dia Mundial da Voz, revelou que são 7.640 casos em todo o país, 6.870 em homens e 770 em mulheres.  A doença, quando diagnosticada no início, as chances de cura são grandes. O câncer de laringe é a segunda doença mais comum do trato respiratório, perdendo apenas para o câncer de pulmão. Para prevenir os problemas da voz, os especialistas orientam as pessoas a evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, alimentos ácidos e gordurosos, não falar alto nem sussurrar e abolir o cigarro.  Aos profissionais que fazem o uso constante da voz, a orientação é tomar bastante água, e dar uma pausa durante o dia para as cordas vocais.

A agente de saúde, Marcilene Alves Pereira, decidiu procurar a ajuda de um profissional ao perceber que estava constantemente rouca. Ela canta numa igreja evangélica e, após passar por exames médicos, foi comprovada a presença de alguns calos nas pregas vocais. A agente de saúde, então, foi orientada a fazer repouso vocal, e exercícios com o auxilio de um fonoaudiólogo. Hoje, Marcilene procura não exagerar quanto ao uso excessivo da voz e faz avaliação anualmente. Apesar de não ter precisado passar por cirurgia, ela garante que a voz não é mais como antes. “A qualidade vocal realmente caiu. Antes eu cantava músicas em tons altos que hoje já não consigo. Agora, canto músicas que não exigem tanto esforço das cordas vocais e também evito cantar gritado”.

O problema vocal fez com que ela diminuísse também o repertório cantado na igreja, com o objetivo de poupar a voz. “A gente tem esses cuidados básicos que precisa ter. Evito ingerir café e refrigerantes, tomo bastante água, e como maçã, principalmente, no dia de cantar. Mas quem passa por um problema como esse tem que estar sempre procurando um médico, pelo menos de 6 em 6 meses pra dar uma olhada”, aconselha Marcilene.
É preciso estar atento para que a rouquidão não se transforme em câncer de laringe
Segundo o Otorrinolaringologista, Hermann Marx, os sinais de alerta são: dor de garganta e rouquidão que estejam incomodando por mais de duas semanas. “Passou de quinze dias é um sinal de alerta que a pessoa tem que procurar um médico.
O médico enfatiza que a combinação de cigarro com bebida alcoólica contribui para o desenvolvimento da doença.  “A pessoa que fuma e bebe principalmente cachaça com freqüência tem um alto índice de câncer de laringe. Essa pessoa é um potencial candidato a desenvolver a doença, e precisa ter muito cuidado com sua garganta.
O câncer de laringe é uma patologia freqüente em Teófilo Otoni. Segundo o médico, de quinze em quinze dias ele registra um caso da doença.

“Às vezes eu pego pacientes aqui que está 1 ano rouco, e alguns pacientes que estão há seis  meses com a garganta doendo. Nesses casos o prognóstico piora muito porque retardou o diagnóstico, aí o câncer já está avançado, muitas vezes com metástase, e a cura se torna muito difícil”, alertou Hermann Marx.