sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ABUSO OU FETICHE?


Longe de mim querer defender bandido e todas as atrocidades cometidas por eles, seja em estado lúcido ou tomados pela nova onda do momento, por conta das drogas. A barbárie agora tem nome. As substâncias entorpecentes e os atestados de sanidade mental servem de álibe para justificar a ação do marginal frente ao crime. Ficamos perplexos ao acompanhar nos noticiários situações de extrema violência e crueldade, e nos perguntamos: Que país é esse? Aonde vamos parar?... Um sentimento de revolta e impotência dura alguns minutos ou talvez algumas horas e logo se vai. Na verdade episódios assim se tornaram tão comuns que estamos esquecendo de nos indignarmos.

Sabemos que em todos os segmentos da sociedade existem pessoas boas e más, éticas e corruptas, enfim, assim caminha a humanidade. Pois bem, nesses dias tenho acompanhado perplexo dois vídeos que caíram na internet (imaginem as atrocidades que nunca vamos ficar sabendo) onde o ser humano é tratado como bicho. E agora, como tudo no mundo pós-moderno está conectado, o fetiche das autoridades é filmar a ação como forma de legitimar ou até mesmo demonstrar poder perante o acusado.

No entanto, muitas vezes o tiro pode sair pela culatra. Como foi o caso do vídeo divulgado pela Folha.com, onde dois homens aparecem caídos no chão, um já agonizando e o outro chorando. Um dos policiais diz: "Filho da p., você não morreu ainda? Olha pra cá! Maldito. Outro vídeo que chamou minha atenção foi denunciado pelo jornal da Band. Uma ex-escrivã acusada de receber propina, é despida na frente dos colegas. Como disse no início dessa conversa, longe de mim querer defender bandido. Lugar de bandido é mesmo na cadeia. Chega de impunidade! Já basta os crimes de colarinho branco que temos de assistir de mãos atadas. Porém, apoiar atos violentos como forma de solucionar de forma rápida e definitiva o problema, nos faz refém dessa mesma política de enfrentamento.