Lentes de contato, ar condicionado, vento em excesso, uso de
cosméticos, fumaça de cigarro, poluição do ar e excesso de tempo em frente ao
computador, são alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da
doença
TEÓFILO OTONI - No último dia (10), foi comemorado o Dia da Saúde
Ocular, data que ajuda a reforçar a importância dos cuidados com os olhos. No
inverno, além das doenças respiratórias, aumentam também o número de pessoas
que procuram atendimento médico em decorrência de problemas relacionados aos
olhos. A baixa umidade do ar e o clima seco, neste período do ano, contribuem
para que as pessoas fiquem mais vulneráveis a doenças que afetam a visão. A síndrome
do olho seco é marcada por irritação e coceira.
Segundo o oftalmologista Bruno
Guimarães Cerqueira, a doença é causada por uma condição anormal da superfície
do olho que se manifesta quando as pessoas produzem lágrimas insuficientes, ou
com alguma deficiência nos seus componentes. O médico conta que essa é uma das
queixas mais comuns relatadas aos oftalmologistas nas consultas.
A síndrome do olho seco provoca mudança na alteração da superfície
ocular e o paciente começa a ter desconforto. Quem passa muito tempo em frente
ao computador tende a ficar com a visão mais irritada, já que as pessoas piscam
menos quando estão concentradas diante do monitor. Nesse sentido, a
recomendação dos especialistas para aqueles que passam horas em frente à
máquina, é sempre piscar para que o olho não fique ressecado. “Determinados
medicamentos podem provocar a redução de lubrificação nos olhos, como certos
descongestionantes, anti-histamínicos, antidepressivos, diuréticos, anticongestivos,
anestésicos, anticolinérgicos e betabloqueadores. Falta de vitamina A e várias
doenças sistêmicas são frequentemente associadas ao olho seco. Entre essas a
artrite, lúpus, sarcoidiose e principalmente a síndrome de Sjögren, conhecida
como síndrome do olho seco, doenças da tiróide, de pele e doença de Parkinson
entre outras”, acrescenta Bruno, sobre as possíveis causas que contribuem para
o desenvolvimento da síndrome.
Mulheres são mais
suscetíveis
De
acordo com Cerqueira, as mulheres sofrem mais de olho seco do que os homens,
provavelmente por questões hormonais. Elas ficam mais suscetíveis,
principalmente depois da menopausa, período no qual acontece a queda do
estrógeno. No entanto, há várias formas de tratar o olho seco, evitando, assim,
que a doença evolua para um quadro mais grave. “Lágrimas
artificiais, em forma de colírio ou gel são indicados para casos
mais simples. Em casos graves, é possível recorrer à oclusão da drenagem de
lágrimas, permitindo que elas fiquem em contato com o olho por mais tempo. Portadores
da síndrome do olho seco precisam de acompanhamento oftalmológico mais
frequente. Sem tratamento, podem ocorrer lesões na córnea que comprometem a
qualidade da visão temporária ou definitivamente”, alerta o oftalmologista.
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