quinta-feira, 17 de julho de 2014

Cidade faz jus ao título de capital mundial das pedras preciosas

A beleza natural da Praça Tiradentes, cercada pelas árvores centenárias que servem de abrigo e alimento para as preguiças, ficou ainda mais rica com a exposição das pedras preciosas no 5º Encontro Nacional dos Garimpeiros e 5ª Amostra de Produtos do Garimpo

Nesta terça-feira (15), aconteceu a abertura do 5º Encontro Nacional dos Garimpeiros e 5ª Amostra de Produtos do Garimpo, na Praça Tiradentes. O evento é uma iniciativa do Sindicato Nacional dos Garimpeiros, com o apoio da Prefeitura de Teófilo Otoni. A beleza natural da praça, cercada pelas árvores centenárias que servem de abrigo e alimento para as preguiças, ganhou mais brilho e ficou ainda mais rica por causa das preciosidades que saltavam aos olhos de quem passava pelas barracas dos expositores. Pedras preciosas com cores e formatos variados talhadas à mão de verdadeiros artistas.
Presidente do Sindicato, Robson Caio de Andrade.

Segundo o vice-prefeito, dr. Ilter Volmer Martins, a prefeitura abraçou a causa dos garimpeiros. Ele torce para que esse comércio seja cada vez mais amplo, no sentido de preservar o título pelo qual a cidade ficou conhecida como a Capital Mundial das pedras preciosas.  “Nós temos que incentivar. O prefeito Getúlio Neiva e eu queremos o bem para a cidade pra todos, desde o garimpeiro até o grande comerciante de gemas. A cidade é plural e precisa haver esse tipo de comércio, reativá-lo e fomentá-lo, fazer com que aumente as vendas para que todos saiam ganhando e produzindo seu produto”, disse. 

Turismo da cidade
De acordo com Martins, o principal turismo de Teófilo Otoni sempre foi o comércio de gemas, por isso é importante investir nesse setor.  “Que a gente aumente mais ainda, tanto na praça quanto no Expominas. Nós queremos que tudo cresça em harmonia, a cidade é pra todos, portanto plural , e precisa respeitar todas as suas tradições. A minha presença aqui hoje é justamente para dar legitimidade e poder falar com as pessoas que estamos juntos por Teófilo Otoni”, afirmou o vice-prefeito.
O presidente do Sindicato Nacional dos Garimpeiros, Robson Caio de Andrade, está à frente da entidade desde 2001. Segundo ele, o sindicato foi fundado em 1954, por meio de um decreto a pedido do presidente Getúlio Vargas. Robson agradeceu o apoio da prefeitura pelo empenho em realizar mais uma edição da feira de pedras.
“Estamos mostrando o que nós temos sem precisar de enfeites ou holofotes. Fazendo a Praça Tiradentes brilhar como antigamente. É um evento cultural, pois tinha gente que morava em Teófilo Otoni e não conhecia uma pedra”.

Por uma política de exportação
Robson teceu algumas críticas quanto ao destino final que as pedras vêm sofrendo nos últimos anos na região. “Quando fiz a primeira feira, a cidade tinha 2700 lapidações hoje só tem 349. Teófilo Otoni ao invés de crescer decaiu. Eles pegam nossas pedras e levam para o Japão, Índia, China, in natura. Nós temos que dar trabalho para o nosso povo, porque afinal de contas, nós temos o maior lapidário do mundo aqui”, defendeu.

Segundo Andrade, uma estatística de 1997 revela que o Brasil produziu 70 toneladas de ouro comprado e derretido pela Caixa Econômica Federal. Ele afirma que desse montante 20 toneladas foram destinados ao mercado interno de joalherias no Brasil. “Já a Itália que não produz um grama de ouro derreteu 400 toneladas. O que nós precisamos é de uma política que proíba a exportação da pedra bruta, para que possamos exportar a joia, pois é ela que dá lucro. Nós somos sindicalistas para proteger os garimpeiros, que é um povo honrado e que tira desde o ouro, diamante e a pedra, até os minérios que fabrica hoje as grandes tecnologias”, revelou Robson.

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